quarta-feira, 29 de junho de 2011

Confirmados primeiros casos de gripe A em Porto Alegre este ano

Até o momento, doença já foi identificada em 26 pessoas no Rio Grande do Sul.


 Foram confirmados ontem os primeiros dois casos de Gripe A em Porto Alegre neste ano. As pacientes são uma menina de 11 anos e uma mulher de 44 anos. Ambas não foram vacinadas contra a doença. Agora já são 26 confirmados no Rio Grande do Sul, sendo seis vítimas fatais.
De acordo com a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Marilina Bercini, as novas confirmações mostram um aumento da circulação viral, mas de pequena magnitude. "Ou seja, o número de casos é baixo". Ela lembra que , em 2009, nesta mesma época, já haviam sido notificados 733 casos de gripe A no Estado. Em 2011, são 411 casos, sendo que 284 já foram descartados e 101 estão sendo investigados. 

Papa entregará pálio a novos Arcebispos brasileiros

Leonardo Meira

Da Redação, com Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé e Nunciatura Apostólica do Brasil

Os sete novos Arcebispos Metropolitanos brasileiros nomeados ao longo do último ano estão na lista dos que receberão a imposição do pálio das mãos do Papa Bento XVI na próxima quarta-feira, 29, Solenidade dos Santos Pedro e Paulo.

Os prelados são:
 - Arcebispo de Salvador (BA), Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger;
 - Arcebispo de Palmas (TO), Dom Pedro Brito Guimarães;
 - Arcebispo de Pelotas (RS), Dom Jacinto Bergmann;
 - Arcebispo de Santa Maria (RS), Dom Hélio Adelar Rubert;
 - Arcebispo de Passo Fundo (RS), Dom Pedro Ercílio Simon;
 - Arcebispo de Campo Grande (MS), Dom Dimas Lara Barbosa;
 - Arcebispo de Brasília (DF), Dom Sérgio da Rocha.

O Pontífice presidirá à Santa Missa na Basílica de São Pedro, às 9h30 (hora local). A cerimônia também marca o feliz acontecimento do 60° aniversário da Ordenação presbiteral de Bento XVI. Concelebrarão os Cardeais que assim o desejarem e os novos Metropolitas.



Papa entregará pálio a novos Arcebispos brasileiros

Leonardo Meira

Da Redação, com Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé e Nunciatura Apostólica do Brasil

Os sete novos Arcebispos Metropolitanos brasileiros nomeados ao longo do último ano estão na lista dos que receberão a imposição do pálio das mãos do Papa Bento XVI na próxima quarta-feira, 29, Solenidade dos Santos Pedro e Paulo.

Os prelados são:
 - Arcebispo de Salvador (BA), Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger;
 - Arcebispo de Palmas (TO), Dom Pedro Brito Guimarães;
 - Arcebispo de Pelotas (RS), Dom Jacinto Bergmann;
 - Arcebispo de Santa Maria (RS), Dom Hélio Adelar Rubert;
 - Arcebispo de Passo Fundo (RS), Dom Pedro Ercílio Simon;
 - Arcebispo de Campo Grande (MS), Dom Dimas Lara Barbosa;
 - Arcebispo de Brasília (DF), Dom Sérgio da Rocha.

O Pontífice presidirá à Santa Missa na Basílica de São Pedro, às 9h30 (hora local). A cerimônia também marca o feliz acontecimento do 60° aniversário da Ordenação presbiteral de Bento XVI. Concelebrarão os Cardeais que assim o desejarem e os novos Metropolitas.



Petrobras anuncia nova descoberta no pré-sal em Campos

Da Redação, com Agência Brasil

Um consórcio formado pela Petrobras e pelas empresas Repsol Sinopec e Statoil anunciou nesta quarta-feira, 28, a descoberta de um novo reservatório em águas ultraprofundas na Bacia de Campos. Segundo nota divulgada pela estatal brasileira, essa é considerada a principal descoberta na camada pré-sal de Campos.

O poço exploratório conhecido como Gávea está localizado a 190 quilômetros da costa do Rio de Janeiro e tem uma profundidade total de 6.851 metros. O óleo, que foi encontrado em dois níveis diferentes, é considerado de boa qualidade pela estatal.

A existência de indícios de petróleo na área foi informada às autoridades brasileiras entre março e abril deste ano. A Repsol Sinopec é a operadora do consórcio, com 35% de participação. A Statoil tem 35% e a Petrobras, 30% do consórcio. 

terça-feira, 21 de junho de 2011

Em busca da terra prometida

Um dos fenômenos que mais caracterizam este começo de século tem sido o aumento considerável da onda de migrantes que percorrem o mundo inteiro. São milhões de pessoas que fogem de guerras e conflitos sangrentos que assolam o Oriente Médio, a África e mesmo a América Latina. Muitos são vítimas de outro tipo de guerra: o flagelo da injustiça social e da pobreza, nos últimos anos, agravada no mundo inteiro. Além disso, tem crescido o número de "refugiados ambientais", pessoas que perdem casas e bens por causa de inundações, terremotos e outras tragédias ambientais.

Como a maioria é clandestina, não se consegue saber o número exato dos migrantes no mundo. A ONU calcula que sejam mais de 600 milhões. Só na América Latina, 26 milhões de pessoas vivem fora de seus países de origem. O Brasil abriga oficialmente 850 mil estrangeiros. Na realidade, o número é bem maior. No entanto, nosso país que se via como terra de chegada, viu multiplicar-se, nestes anos, o número de brasileiros que partem para tentar a vida em outros países. "Migrantes e refugiados não escolhem lugar de moradia. Vão para onde conseguem ficar", afirma Luiz Fernando Godinho, encarregado do organismo das Nações Unidas para os refugiados (Acnur).
Brasileiro tem fama de ser acolhedor e o país tem uma das legislações mais abertas com relação a migrantes e refugiados. Em 2009, o Ministério da Justiça decretou uma anistia aos migrantes clandestinos no país. A partir daí foram registrados legalmente 41.816 estrangeiros. Entretanto, para conseguir a permissão de permanência no Brasil, um estrangeiro tem de apresentar documentos que comprovem emprego legal com carteira assinada, ou propriedade de bens suficientes à manutenção pessoal e da família. Como vão conseguir isso os milhares de migrantes que vendem coisas nas ruas das grandes cidades ou os bolivianos que trabalham em indústrias de tecido nos barracões de São Paulo?
Infelizmente, as pesquisas não confirmam o bom acolhimento dos brasileiros. Africanos refugiados no Brasil afirmam sofrer discriminação racial. Latino-americanos de países vizinhos só conseguem trabalhos como estrangeiros clandestinos. Jovens declaram ser pressionadas à prostituição, ou a serviços degradantes.
Desde 1979, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) decidiu celebrar o "Dia dos Migrantes" no dia 25 de junho ou no domingo mais próximo a este dia. A cada ano, o Serviço de Pastoral dos Migrantes propõe um tema de debate e aprofundamento. Neste ano, em ligação com a Campanha da Fraternidade, o tema proposto é "Migração e Meio-ambiente", o que, no Brasil, nos recorda as milhares de pessoas que perderam casas e bens com as recentes inundações no Sul, no Norte, no Nordeste e agora em Roraima. Além disso, recordamos as aldeias indígenas deslocadas e inúmeras pessoas transferidas de seu lugar de origem pela hidroelétrica de Belo Monte, no Pará.
Em 1948, na Declaração Universal dos Direitos Humanos, as Nações Unidas já consideravam direito de qualquer pessoa migrar de um país a outro. É importante que superemos os nacionalismos estreitos e consideremos a terra inteira como pátria de toda a humanidade. Do outro lado, a imensa maioria dos migrantes se sente forçada a migrar. Isso significa que se organizarmos um mundo de paz e justiça para todos, ninguém precisará deixar sua terra natal para viver melhor em outro local.
As festas juninas que, nestes dias, tomam conta de boa parte do Brasil, ao satirizar casamentos na roça e, nas quadrilhas, brincar com os bailes na corte, revelam uma dimensão crítica. Que possam ser instrumento de união da sociedade civil para tomar posição pela justiça e pelo direito de todos.

Marcelo Barros

Educar os filhos com autoridade e não autoritarismo: saiba mais

Leonardo Meira

Da Redação cnova


Montagem sobre fotos / Arquivo Pessoal
Doutores João Luís Machado e Adela Stoppel de Gueller
Educar os filhos com autoridade, e não autoritarismo, é um dos principais desafios diante dos quais os pais se deparam no processo de formação dos pequenos.

Ter autoridade implica desfrutar de alguma forma de comando ou poder sobre outras pessoas, característica de alguém que exerce o direito de se fazer obedecer. Já o autoritarismo diz respeito ao exagero, ao uso desproporcional de força, ao fim do diálogo, à intimidação ou mesmo humilhação, a todo um sistema ou ideologia totalitária.

Crianças formadas de maneira sadia precisam de pais que se filiem à primeira opção e saibam exercer de modo correto a autoridade que lhes é própria, em função dos seus papéis dentro de casa.

"No ambiente doméstico, a autoridade está relacionada ao respeito e consideração aos pais por parte de seus filhos, ligada aos laços sanguíneos, ao fato de que os pais, além de progenitores, se responsabilizam durante toda a infância e adolescência pela formação, valores, educação e preparação para o contato com o mundo externo, além dos sentimentos fortes que os unem", esclarece o doutor em Educação pela PUC-SP, João Luís Machado. 

Por sua vez, a psicóloga e coordenadora do setor de Clínica e Pesquisa do Departamento de Psicanálise da Criança do Instituto Sedes Sapientae, Adela Stoppel de Gueller, lembra que a pessoa investida de autoridade "se ocupa de fazer cumprir aqueles valores morais nos quais acredita, que lhe foram transmitidos por seus antecessores e que no presente toma como próprios. Para a criança, os pais são as primeiras figuras de autoridade e, durante muito tempo, as mais importantes. Ao longo da primeira infância, os pais vão transferindo esse direito para avós, professores, médicos, etc. A criança começa a ir à escola quando está pronta para reconhecer nos educadores figuras de autoridade, além das de seus pais".


Reflexos

Nas famílias em que prevalece o diálogo e a autoridade é percebida de forma natural, as crianças aprenderão a utilizar em suas outras relações, fora do âmbito familiar, as ferramentas da compreensão e do entendimento. "Nesse sentido, reitero a necessidade de que a argumentação deve ser sempre bem feita, clara e evidenciar a situação, os motivos da conversa, as questões em pauta, os problemas discutidos e as alternativas de solução", opina João Luís.

Sustentar a autoridade implica um compromisso ético e de muita responsabilidade acerca das ações dos adultos.

"Ter autoridade com os filhos decorre da seriedade que os pais têm consigo e entre si mesmos. Quando os pais sustentam a autoridade, estão transmitindo aos filhos o valor da responsabilidade e do compromisso, e é isso que permitirá que, um dia, seus filhos possam exercer o lugar de pais. Isso quer dizer que a autoridade está estreitamente ligada à transmissão de uma geração a outra e, por isso, é o canal por onde se transmitem os valores  do passado para o futuro. A autoridade apazigua as crianças porque transmite firmeza e segurança. Permite um questionamento que induz à reflexão, ou seja, induz a criança a pensar  sobre a ordem das coisas", explica Adela.

Por outro lado, famílias que são local de embates frequentes tendem a criar pessoas igualmente agressivas, repressoras e autoritárias em outros espaços e situações.

"Esta tônica infeliz, de agressões e autoritarismo, poderá, inclusive, levar à deterioração dos laços familiares e ao afastamento dos membros da família", diz o doutor João Luís. "O autoritarismo está  mais preocupado com o tempo presente, com o controlar uma situação atual. Por isso, exige que os pais tomem medidas como castigos ou punições que tem valor nesse momento, mas muitas vezes não têm efeito duradouro e, por isso, exigem ser repetidas. Pode ter como consequência uma submissão passiva ou uma rebeldia recorrente", esclarece a doutora Adela.


Reprodução
Educação sadia acontece pela autoridade exercida de forma correta, e não pelo autoritarismo exacerbado
Recuperação

E será possível para os pais recuperar a autoridade em lares nos quais tudo já está caótico e as relações são desrespeitosas? A regra é nunca perder a esperança.

"Algumas pessoas advogam que devemos zerar as relações, recomeçar mesmo. Pode ser uma boa alternativa esse recomeço, mas dependerá muito das pessoas acreditarem nisso. As cicatrizes e dores permanecem e qualquer recaída pode ser fatal. É preciso consciência, que se estabeleça um acordo coletivo, que as pessoas queiram muito, percebam que, além das diferenças, deve prevalecer o amor e os fortes sentimentos que as unem. É possível, sim, superar qualquer diferença quando o que de fato une as pessoas é um sentimento como o amor", acredita João Luís.

Esse não é um processo fácil e não há soluções prontas. Tudo exige tempo e trabalho. "Não há nada mais delicado nas relações humanas que a confiança. Quando as crianças nascem, dão um voto de confiança a seus pais. Eles têm que saber que esse é um presente precioso que seus filhos lhes deram. Se o perdem, terão um trabalho enorme para recuperá-lo. O que os pais terão que conseguir é que seus filhos voltem a acreditar na palavra deles. Às vezes, nesses casos, é necessário que um profissional intervenha para ajudar nesse reestabelecimento", diz Adela.


O que fazer

O diálogo deve ser a palavra de ordem na mediação dos inevitáveis conflitos ou diferenças de opinião que surgirem. Com base na opinião dos especialistas João Luís e Adela Stoppel, confira algumas dicas do que deve ser feito para exercer a autoridade:

 – pais educam pelo exemplo. Assim, o diálogo começa pela forma de relação entre o casal. O respeito mútuo assumido de forma honesta e franca diante dos filhos é a forma primordial de estabelecer para as crianças e adolescentes que é deste modo que se superam as divergências;
 – o diálogo assume tons variáveis de acordo com a maior ou menor ênfase que se pretende dar aos assuntos em discussão. Algumas vezes, a conversa tende a ser mais tensa ou dura. No entanto, não se pode perder de vista que, por mais sério e grave que seja o caso, as pessoas envolvidas nesta discussão são pais e filhos e que, dessa forma, em nenhum caso deve haver violência ou imposição, autoritarismo;
 – deve prevalecer a clareza das informações, o direito de os filhos se manifestarem, de apresentarem o seu lado, de se defenderem;
 – pais que tem autoridade transmitem segurança para o filho. É importante que a criança saiba que há alguém que ensina o que se pode fazer e o que é proibido;
 – a autoridade apoia-se no poder da palavra, ou seja, que a palavra tenha valor de ato e de promessa. A criança confia na autoridade de seus pais quando verifica que eles cumprem o que dizem e fazem o que prometem. As crianças buscam confirmar isso de forma recorrente;
 – a palavra não precisa ser dita a cada vez. Para um pai que tem autoridade, só com seu olhar a criança já entende que está fazendo algo que não devia. O olhar diz algo como: "Já lhe disse que...".


O que não fazer

De acordo com a psicóloga Adela, o autoritarismo instala-se no lar quando, por algum motivo, a autoridade perdeu sua base. "É geralmente uma tentativa de reinstaurar a autoridade e que, geralmente, fracassa, porque a sustentação simbólica da autoridade não está funcionando bem". Veja o que buscar não fazer, sob pena de se tornar um pai autoritário e não com autoridade:

 – o pai não deve desautorizar a mãe na frente da criança, ou vice-versa. A autoridade passará a ser questionada pelas crianças, pois parecerá relativa. essa relatividade não dá confiança suficiente para a criança;
 – atitudes autoritárias e violentas desencadeiam situações ainda piores, de confrontação e de transgressão ainda maiores. Proibir, punir ou limitar ações dos filhos, por exemplo, só tem sentido se a situação como um todo for explicada de forma clara a eles para que entendam os motivos destas sanções impostas.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Profetismo, Discipulado e Missão

III ASSEMBLEIA DIOCESANA DAS CEBs
Diocese de São José dos Campos – SP
Tema:
“Profetismo, Discipulado e Missão”
CARTA ÀS COMUNIDADES
Nós, Comunidades Eclesiais de Base, coordenadores(as) e animadores (as), da Diocese de São José dos Campos, reunimo-nos em Assembleia, no dia 05 de junho de 2011, na Comunidade Santa. Clara, Paróquia São Vicente de Paulo, Jd. Pararangaba, cidade de São José dos Campos. Sessenta delegados(as) representaram as Comunidades de Base das nossas paróquias. Iniciamos com a celebração da Eucaristia, presidida pelo nosso Assessor Diocesano Pe. Ronildo Aparecido da Rosa. Na sua acolhida e em sua homilia ele reforçou que a Missão delegada para nós, povo de Deus, se dá aqui e agora, na Terra. Nosso lugar é aqui, transformando a realidade que vivemos.
Refletimos sobre o tema da nossa Assembleia, assessorados por Mauro Kano: “Profetismo, Discipulado e Missão”.
1- Missão: Nossa Missão é levar a Justiça de Deus, ou seja, estar ao lado dos que mais precisam. O Reino que Cristo nos trouxe é um Reino de Justiça, de Igualdade. Desta forma o modelo ideal de sociedade que temos que construir é a que coloque toda sua riqueza em comum para todos, segundo a necessidade de cada um. É esta sociedade que deve ser o Reino de Deus: uma sociedade onde não haja necessitados. Construir esta sociedade é a nossa Missão. É fazer que o Reino de Deus aconteça aqui. Na medida em que nós vamos transformando a sociedade toda, o Reino de Deus vai acontecendo. Esta foi a Missão de Cristo, esta é a nossa Missão. Portanto a nossa Missão é anunciar e viver o Evangelho.
2- Discipulado: O Reino de Deus tem que ser vivido 24h por dia para que ele possa acontecer. Ser discípulo significa seguir Jesus, seguir o Mestre. Jesus de Nazaré não pode ser confundido por um culto. Ele é vida e vida em abundância para todos. Cristo cumpriu sua Missão até o fim, dando sua própria vida. Ser seu discípulo implica na doação da nossa própria vida. O Discipulado tem suas etapas. Jesus escolheu muitos, para chegar até os doze. E ainda entre os doze havia três mais próximos. Assim também é entre nós. Nós temos que nos animar, mesmo às vezes sendo minoria, mas temos que ser uma minoria com a Missão clara de sermos discípulos de Jesus.
3- Profecia: Documento de Aparecida diz que a nossa Igreja tem que ser de Missão. Temos que fazer ações que fortaleçam nossa Igreja pra dentro e pra fora. Temos que transformar nossa realidade. Enfrentamos muitos conflitos. Por isto a importância das CEBs é a de ser Igreja vivida na comunidade, na base. E nossa compreensão de comunidade tem que ser pra além da divisão territorial. E aí, nós também sabemos que nosso alcance será na medida da nossa capacidade. Jesus escolheu cada um pelo nome. Assim, todos devem ser acolhidos. Pra ser discípulo e profeta, tem que ter capacidade, se preparar e dedicar seu tempo. O Profeta tem que ser boa notícia para o pobre, explorado e oprimido; e ser má notícia para quem explora e oprime o outro. Ser profeta é seguir o Mestre e não um culto. O mundo está carente de profetas. Não estão surgindo novos profetas a exemplo de Pe. Comblin, D. Pedro Casaldáliga, D. Helder e outros. Segundo Pe. Comblin “os novos profetas têm que surgir de dentro e do meio do povo, dos leigos”.
A Assembleia, consciente destas reflexões, conheceu também os anseios e as realidades das CEBs aqui representadas. Diante disso assumimos compromisso de:
· Elaborar o subsídio “Palavra de Deus na Vida do Povo” com metodologia, conteúdo e linguagem desejados.
· Elaborar subsídio para fomentar e ajudar nos encontros das Cebinhas.
· Buscar formas de atender aos desejos de Formação das CEBs.
· Propor e apresentar nova redação à Diocese de São José dos Campos das “Diretrizes e Plano de Ação das CEBs”.

DEUS, Cristo e os Pobres - livro de Paul Wess



Título: DEUS, Cristo e os Pobres
Subtítulo: Libertação e salvação na fé à luz da Bíblia
Assunto: Teologia da Libertação; Igreja de Comunidades de Base
Ano: 2011
Autor: Paul Wess
Apresentação: João Batista Libanio
DEUS, Cristo e os Pobres.
Libertação e salvação na fé à luz da Bíblia
Dom Erwin Kräutler:
Desde seus primeiros estudos teológicos, Paul Wess questiona criticamente premissas e paradigmas da teologia e procura respostas a perguntas abertas acerca dos fundamentos da fé e da estrutura/atuação da Igreja. O sabor todo especial de suas reflexões deve-se ao chão em que amadureceram: uma paróquia em Viena onde surgiram após o Vat II CEBs que buscaram ser uma Igreja de irmãos e irmãs, e que viveram experiências de intercâmbio internacional.À semelhança de Jon Sobrino, Wess entende Jesus Cristo como o “líder e plenificador da fé” (Hb 12,2) que se tornou o irmão de todos, mas preferencialmente dos pobres, e o mediador da libertação e salvação que Deus nos preparou. Essa reconsideração da fé bíblica pode orientar a prática de nossas comunidades, e faz deste livro uma contribuição oportuna que abre novas perspectivas para a Teologia da Libertação.
João Batista Libanio SJ:
No interior da Teologia da Libertação, entre os seus mais respeitáveis protagonistas, no contexto de Aparecida, surgiu certa tensão. Desencadearam-na as reflexões de Clodovis Boff. [...] Wess começa por aí o livro [...] e indica o ponto central da questão: a natureza da opção pelos pobres e suas consequências no fazer teologia. Com enorme perspicácia, percebe ponto comum, embora inverso, da teologia de Clodovis e a do seu irmão Leonardo. Ambos fazem relação não reflexamente trabalhada entre Deus, Jesus Cristo e os pobres.
A clareza da formulação do problema [...] e as motivações existenciais do autor fazem a riqueza e beleza do livro. A primeira dá-lhe rigor científico. As segundas imprimem-lhe caráter pastoral. Ele realiza primorosamente o famoso axioma de K. Rahner: “Toda teologia deve ser pastoral, e toda pastoral deve ser teológica”.
O leitor aproveitará dessa reflexão teológica cuidadosa, perspicaz e profunda, trazendo luz para os dois lados dos contendentes nessa última tensão, agora já no interior da TdL [...]. Wess alerta então para que, no futuro, se fale com “mais cuidado e modéstia, mas numa linguagem comum e fidedigna, de Deus, Cristo e dos pobres”

SOS RIO: QUEM É MEU PRÓXIMO?

Um homem descendo de Jerusalém para Jericó, caiu nas mãos de bandidos, contou Jesus (cf. Lc 10, 29-37). Dois homens ligados ao templo, vendo o que acontecera, passaram ao lado e não prestaram socorro. Um samaritano, porém, teve compaixão e o socorreu. Fez o que podia. Então, Jesus perguntou: Quem destes, se mostrou próximo daquele que caiu nas mãos dos bandidos? O doutor da lei respondeu: “o que usou de compaixão com ele. Vá e faça você o mesmo”, disse-lhe Jesus (cf. Lc 10,29-37). Agora, o que aconteceu na Região Serrana do Estado do Rio, é bem mais cruel. Muitos caíram na desgraça. Trata-se de uma calamidade, de uma autêntica tragédia. Há mortes em grande número, e os flagelados são muitíssimos. Refiro-me, mais uma vez, das enchentes do Estado do Rio e de alhures. Chegou nossa vez de agirmos como bons samaritanos. É Jesus, quem hoje nos diz: Vá e faça a mesma coisa.
Queremos obedecer e fazer nossa parte. Por isso, a Diocese de Taubaté estabelece que se faça uma coleta nos dias: 22 e 23 de janeiro, em todas as celebrações. São irmãos nossos que estão sofrendo. Sejamos generosos. Deus não se deixará vencer em generosidade.
Em nome da Diocese de Taubaté.
+ Dom Carmo João Rhoden, SCJ

Em maio, Rio dos Sinos teve seu melhor índice de oxigenação do ano Segundo o Pró-Sinos, cor e turbidez da água também alcançaram bons níveis em trecho crítico.



Foto: Prefeitura de Estância Velha/Divulgação


Novo Hamburgo
  - Conforme balanço feito pelo Consórcio Público de Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Pró-Sinos) com base em dados da Central de Monitoramento, a qualidade da água do rio em São Leopoldo pode ter melhorado em alguns pontos. O registro foi feito em maio e levou em consideração a oxigenação, a cor da água e a turbidez (dificuldade de um feixe de luz atravessar a água). Os valores divulgados pelo Pró-Sinos atestam que, nesses parâmetros, a qualidade da água do Sinos está entre as classes I e II da classificação da Agência Nacional de Águas (ANA), as melhores do espectro que vai até IV. No trecho de São Leopoldo, o rio é considerado de classe IV, o que significa que ele deve ser utilizado apenas para navegação e “harmonia paisagística”.
Conforme o assessor técnico do consórcio, Maurício Prass, apesar desses três indicadores estarem com uma boa qualidade, isso não significa que o rio esteja livre da poluição. Em nota, a assessoria de comunicação da ANA informou que “os parâmetros cor, turbidez e oxigenação são relevantes no acompanhamento da efetividade das ações de despoluição de rios, principalmente no caso do Vale dos Sinos, onde existe grande atividade e quantidade de curtumes.”
Por que melhorou?
Para o diretor executivo do consórcio Pró-Sinos, Julio Dornelles, a melhora nos índices deve-se a um conjunto de fatores. “Temos de levar em consideração o clima, já que durante esse período choveu dentro da média, assim como o trabalho da Central de Monitoramento, que inibe a ação das indústrias que descartam materiais poluentes, e as ações de fiscalização do Ministério Público, da Delegacia Policial Ambiental, da Fepam e de outros órgãos. Além disso, a ampliação de serviços de saneamento básico, como a Estação de Tratamento da Feitoria e os tratamento de efluentes por parte dos curtumes, também ajudaram nesta melhora da qualidade”, explica Dornelles.
Para Juliana Chaves, coordenadora de operação do Serviço Municipal de Água e Esgotos de São Leopoldo (Semae), é possível que só agora o rio esteja mostrando uma melhora. “As melhorias normalmente aparecem no mínimo três meses após o início das operações do tratamento de esgoto e são gradativas, já que o Sinos recebe também outros tipos de efluentes.”
Indicadores positivos
Segundo Giovane Martinello, assessor técnico do Pró-Sinos, a água com uma boa oxigenação deve ter 5 miligramas de oxigênio dissolvidos por litro de água e, de acordo com a média de maio informada pelo consórcio, dectada no trabalho das sondas do Semae e do Instituto Martim Pescador, o Rio dos Sinos estaria com média de 7,6 mg/L. A turbidez também estaria dentro do padrão, que seria abaixo de 40 uT (unidade de medida de turbidez) e em maio ficou a 13,9 uT. A cor, porém, está no nível considerado médio, de 88 uC (unidade de medida de cor), já que o ideal seria abaixo do 75 uC.
A classificação do Sinos
Segundo Julio Dornelles, a notícia da melhora da água foi animadora, já que até então o trecho próximo a São Leopoldo estava enquadrado na classe IV (a pior), mesma classificação do Rio Gravataí. Dentro da classe III está o trecho de Taquara onde, conforme Dornelles, existe uma presença forte das indústrias calçadistas. Na classe II está o trecho do Paranhana e na classe I está a nascente do rio.
Novas sondas previstas
Por enquanto, a Central de Monitoramento está trabalhando com uma sonda móvel do Instituto Martim Pescador e com a fiscalização de Semae, Comusa e Corsan. Em julho, a Feevale deve instalar mais duas sondas e até agosto, outras duas do próprio Pró-Sinos serão colocadas. De acordo com Maurício Prass, assessor técnico do Pró-Sinos, a intenção é criar e colocar em prática o Sistema de Gerenciamento Integrado da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, que inclui a colocação de sondas em 50 pontos, além de ter equipes de fiscalização disponíveis. “Estamos buscando recursos no Ministério Público, no Estado e na ANA, já que o investimento para isso é de um pouco mais de R$ 5 milhões. Com esse recurso, poderemos verificar de imediato qualquer descarte indevido de efluentes no rio e ir rapidamente ao local fiscalizar.”
AS PREFEITURAS ESTÃO DE OLHO
Campo Bom - Desde dezembro de 2010 o monitoramento do Rio dos Sinos na cidade é diário. Segundo a secretária de Meio Ambiente Gisela Maria de Souza, o importante é que ações têm repercutido junto aos empreendimentos e aos órgãos públicos. “Aumentou a atenção ao rio, o que reduziu a carga poluidora”, diz. Gisela lembra que a bacia não tem limite e que Campo Bom recebe água de Sapiranga e Novo Hamburgo de Campo Bom, e assim, sucessivamente. Além disso, periodicamente empresas potencialmente poluidoras são vistoriadas por meio da fiscalização do município.
Dois Irmãos - Geograficamente, apenas 4% da água do município faz parte da bacia do Rio dos Sinos. Conforme a chefe do Departamento de Meio Ambiente, Hariet Arandt, é desenvolvido um programa de educação ambiental permanente em Dois Irmãos, com a participação de 22 servidoras da educação. “Mas o nosso carro chefe é a separação do lixo, que quando descartado corretamente, não vai para o rio”, comenta.
Estância Velha - O município desenvolve desde 2002 programa de monitoramento diário do Arroio Estância Velha. São feitos exames laboratoriais por meio de uma parceria entre o Senai e a Feevale. Conforme o secretário de Meio Ambiente e Preservação Ecológica Claudenir Ferreira Santos, há tempos já é observada uma melhoria considerável nos recursos hídricos do município. Com o projeto Diagnóstico da Qualidade Ambiental, foram constatadas melhoras no parâmetro de toxicidade. “Inclusive, no final do arroio, a água não demonstrou nenhum tipo de toxicidade, tanto para peixes, algas e crustáceos”, informa. O arroio é monitorado em 35 pontos e, caso a equipe observe alguma alteração, imediatamente se dirige ao grupo de empreendimentos com potencial para causar o impacto. “Para nós de Estância Velha isso não é novo. O monitoramento é uma ferramenta de gestão que serve de base para os estudos do Consórcio Pró-Sinos”, diz Santos.
Ivoti - Na cidade, apenas 1% da bacia hidrográfica é do Rio dos Sinos. No entanto, a prefeita Maria de Lourdes Bauermann salienta que o forte monitoramento feito junto às indústrias localizadas na entrada da cidade é uma ação importante para prevenir danos ao meio ambiente. “Pedimos melhorias no sistema de lançamento dos detritos, o que foi feito. Além disso, cuidamos da manutenção de mata ciliar nos arroios, repondo árvores e evitando o desmatamento”, comenta. Em Ivoti, devido à coleta seletiva do lixo, não existem aterros sanitários que possam contaminar o solo e os arroios.
Novo Hamburgo - Para o prefeito Tarcísio Zimmermann, tão importante quanto o resultado são as obras que estão sendo realizadas em praticamente todos os municípios da bacia. “Há uma grande conscientização para a necessidade de cuidar do rio. Esse é o resultado mais importante depois de anos com alertas e crises”, ressalta. No Município, Tarcísio destaca o trabalho de educação ambiental realizado junto aos estudantes e os investimentos em tratamento de esgoto, com previsão de conclusão das obras da bacia do Arroio Luiz Rau em 2013.
Sapiranga - O prefeito Nelson Spolaor destaca que a cidade atua com três frentes de trabalho para melhorar a qualidade da água do Rio dos Sinos. A primeira é a fiscalização ambiental, com atividades semanais. A segunda é o trabalho de educação ambitental junto à comunidade escolar. Spolaor destaca o programa De Olho no Óleo, ação que recolhe óleo de cozinha por meio de bombonas distribuídas em todas as escolas. A terceira frente são as obras de tratamento de esgoto, previstas para serem concluídas até fim de 2012. “A meta é tratar entre 65% e 70% do esgoto”, finaliza.

Ministério Público apresenta 11ª ação contra Belo Monte

Na 11ª ação civil pública ajuizada contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), o Ministério Público Federal (MPF) no Pará pede a suspensão da licença de instalação concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na semana passada. A ação aponta o descumprimento das condições prévias exigidas para preparar a região para os impactos ambientais e sociais da obra.

O MPF, com base em um parecer técnico do Ibama, argumenta que condicionantes nas áreas de saúde, educação, saneamento, navegabilidade e no levantamento das famílias atingidas não foram cumpridas pelo consórcio empreendedor. Segundo o MPF, o Ibama concedeu a licença de instalação considerando as condicionantes como estando em fase de cumprimento ou parcialmente atendidas.
Para o Ministério Público, ao não conferir as exigências que o prórpio órgão ambiental impôs à Usina de Belo Monte, o Ibama atingiu o “limite da irresponsabilidade” e que a criação de conceitos flexíveis para avaliar as condicionantes serve apenas ao interesse da empresa responsável pela obra. “Mas não serve, em absoluto, ao interesse da sociedade amazônica e brasileira, que esperavam ver um licenciamento rigoroso e exemplar para a obra que vai consumir o maior volume de recursos públicos dos últimos 30 anos”, diz o MPF na ação.
De acordo com o procurador da República no Pará Ubiratan Cazetta, das 11 ações impetradas, apenas uma foi julgada até o momento.

Nova missão tentará reverter embargo russo à carne brasileira

Depois de mais de duas horas reunidos no Ministério da Agricultura com o ministro Wagner Rossi, empresários pediram a participação direta do vice-presidente da República, Michel Temer, nas negociações com o primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, para tentar reverter o embargo a 89 frigoríficos brasileiros, anunciado na semana passada. Há 20 dias, eles estiveram juntos em Moscou, quando parte da delegação definiu prazos e metas para cumprir as exigências russas em relação à carne brasileira.

“É preciso haver uma ação forte do governo para resolver a situação. Vamos pedir respeito aos prazos para analisar o que o Brasil se comprometeu a fazer”, afirmou o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos, Francisco Turra. Ele disse que o caso mais grave é do setor de suínos, que tem cerca de 40% de suas exportações direcionadas ao mercado russo, mas, no caso da avicultura, a imagem também preocupa.
“Esperamos que o ministério esclareça as dúvidas da forma mais cabal para que  não atrapalhe [as vendas] em outros mercados. Mesmo vendendo só 4% das nossas exportações para a Rússia, o problema é a imagem. Por isso, estamos dispostos a sofrer uma auditoria”, disse Turra.
Segundo Wagner Rossi, o ministério fará uma auditoria em todas as plantas embargadas e atuará em várias frentes. “Vamos fazer uma agenda e a cumpriremos religiosamente. O governo precisa melhorar alguns aspectos laboratoriais e o setor privado precisa ser rigoroso com o controle de qualidade. Do lado da diplomacia, serão tomados os passos adequados para que haja uma reversão desta relação, no momento estressada, com a Rússia.”
Apesar de adotar um discurso de que “o cliente tem sempre razão”, Rossi reforçou que a atitude russa “não é correta do ponto de vista das relações internacionais”. Quando Temer liderou uma delegação na Rússia, houve o compromisso de inspecionar em um mês todas as plantas que exportavam para aquele país. Em 15 dias, no entanto, a autoridade sanitária russa anunciou o embargo aos frigoríficos, causando, segundo o governo e empresários brasileiros, “surpresa e estranheza”.
O ministro anunciou que, dentro de duas semanas, missão oficial brasileira irá à Rússia para retomar as negociações e tentar reverter o embargo.

De acordo com Turra, o consenso entre os empresários, mesmo sem provas reais, é que a posição tem relação com as “barganhas” feitas pela Rússia no pleito para entrar na Organização Mundial do Comércio (OMC). “Não tem nenhuma razão para uma medida tão brutal e inédita assim. Tivemos outras visitas para vistoriar nossos frigoríficos este ano, incluindo da União Europeia, e não tivemos nenhum problema”, disse ele.