terça-feira, 19 de julho de 2011

PASTORAL DA JUVENTUDE

Pastoral da Juventude é a ação dos jovens como Igreja, unidos e organizados a partir dos Grupos de Jovens. É a juventude evangelizando outros jovens em comunhão com toda a Igreja.
A PJ não é apenas uma organização ou uma estrutura como alguns ainda pensam. Na verdade, os grupos de jovens são a base desta pastoral e é no grupo e pelo grupo que a PJ acontece.
Quando o grupo busca aprofundar e viver a fé, atuar na comunidade, descobrir como transformar a realidade e, junto com os demais grupos, ser evangelizador de outros jovens, já está sendo e fazendo Pastoral da Juventude.
HISTÓRIA
A história da PJ começa em 1973,ou até antes com a Ação Católica Especializada: JAC (Juventude Agrária Católica), JUC (Juventude Universitária Católica), JEC (Juventude Estudantil Católica) e JOC (Juventude Operária Católica). No final da década de 70 e no início dos anos 80 a Igreja vivia um período de grandes expectativas, pois os sínodos de Medellin e Puebla trouxeram novos ares para a ação pastoral com a opção concreta pelos pobres e pelos jovens.
Esta opção possibilitou ampliar o trabalho que vinha sendo desenvolvido com a juventude para a construção de uma proposta mais orgânica. Assim, a PJ inicia definindo como missão: Somos jovens, cristãos, católicos, organizados como ação da Igreja evangelizando outros Jovens, para que, capacitados, atuemos na própria Igreja e nos movimentos sociais visando a transformação da sociedade em todo o Brasil.
ORGANIZAÇÃO
As dioceses passaram então a organizar a evangelização dos jovens em pequenos grupos (entre 12 a 25 jovens) e/ou reconhecer os já existentes. Para melhor acompanhar a organização e formação dos jovens, iniciou-se a articulação de encontros nacionais com o propósito de melhorar a comunicação e proporcionar o intercâmbio e a sistematização de experiências.
Esses encontros, que depois se tornaram assembléias, foram momentos ricos de reflexão sobre o acompanhamento dos jovens para a vida em grupo. A partir dessas experiências, surgem os Seminários para Assessores, que serviram como laboratório e espaços de reflexões importantes como: o Processo de Formação na Fé, a Metodologia de Trabalho com Jovens, as Políticas Públicas de Juventude, o Planejamento da Ação Pastoral, a Missão, e tantas outras discussões.
ATUALMENTE
Nesta caminhada de 22 anos, a organização da PJ esteve sempre atenta aos gritos e necessidades das diferentes realidades juvenis e à sua forma de se organizar.
Assim, valorizou e incluiu novas experiências de trabalho com a juventude a partir de seu meio específico:
PJ Rural, PJ Estudantil e PJ do Meio Popular. Essa realidade lhe exigiu uma nova forma de se articular e se organizar, levando-a a reorganizar sua metodologia para chegar aos adolescentes e jovens. A PJ está organizada em todas as regiões e estados do Brasil, com cerca de trinta mil grupos de jovens. Sua organização é por regional, conforme a da CNBB, composta por 17 regionais.
Cada regional tem sua organização própria com sua Coordenação Regional e Comissão de Assessores. Muitos regionais têm sua secretaria e equipe executiva. CNPJ A Comissão Nacional da Pastoral da Juventude (CNPJ) - é composta por um representante de cada regional. Esta comissão tem o papel de ser articuladora, animadora e elo de ligação da PJ e regionais. É ela que pensa o projeto financeiro e encaminha as decisões da reunião ampliada, dos encontros nacionais e da Pastoral da Juventude do Brasil (PJB). Também delibera sobre questões gerais de comunicação e encontros.
PROJETOS DE FORMAÇÃO
A PJ, em fidelidade ao Plano Trienal da PJB e atenta aos clamores da juventude, organizou seu Plano Trienal em sua Ampliada de Salgado/ SE, em janeiro de 2005. Entre tantos desafios, a PJ elencou alguns a serem respondidos através de cinco projetos:
• A juventude quer viver.
• Ajuri: conhecendo a diversidade da juventude indígena, ribeirinha, rural e quilombola.
• Mística e Construção.
• Caminho de Esperança – formação de líderes e assessores/as.
Conheça melhor os projetos: www.pjnacional.rg3.net
PJ e MOVIMENTOS
Temos a tendência de ver a PJ como se fosse um movimento entre outros. Então, optamos por um ou outro, conforme a simpatia ou conveniência. Pastoral e Movimento, é bom esclarecer, não são a mesma coisa, e nem podem ser colocados no mesmo nível.
Pastoral é a ação oficial e coordenada da Igreja - especialmente da diocese - para acompanhar o povo de Deus nas suas diversas categorias e situações, daí a Pastoral da Juventude, da Criança, dos Enfermos e tantas que conhecemos.
Movimento é uma forma particular de associa ção de cristãos para se apoiarem mutuamente na vivência da fé e colaborarem na missão da Igreja. Enquanto as Pastorais estão ligadas diretamente à estrutura da Igreja nos vários níveis, os Movimentos têm organização autônoma e supra-diocesana.
Pastoral da Juventude é a ação da Igreja diocesana, concretizada nas paróquias e comunidades e articulada com as demais através da CNBB, articulando as forças vivas que trabalham na evangelização da juventude a partir de certos objetivos e princípios comuns.
Os Movimentos, enquanto uma dessas forças vivas, seriam parte, instrumentos da Pastoral da Juventude. Não haveria PJ e Movimentos, mas uma Pastoral da Juventude Orgânica que incluiria a todos, com unidade de princípios e coordenação, mas com diversidade de métodos, ações e organizações.
Trecho da reflexão do Pe. Florisvaldo Orlando
(in memoriam)
POR QUE MORRE UM GRUPO DE JOVENS?
É comum ouvirmos falar que determinado grupo de jovens não existe mais. Por quê? Há várias razões e que podem ser diferentes dependendo do contexto. Apontamos aqui algumas Atitudes que podem ajudar a evitar a frustração de iniciar um grupo e em poucos meses restarem apenas as lembranças:
1.º Saber o que o grupo quer, ter opções e objetivos claros;
2.º Cuidar do lazer, do esporte e valorizar atividades culturais;
3.º Valorizar as tarefas do dia-a-dia;
4.º Um assessor amigo, companheiro e democrático;
5.º Escolher bem os conteúdos e que correspondam às necessidades do grupo;
6.º Cuidar da afetividade, cultivar a amizade, a ternura e namoros saudáveis;
7.º Valorizar a oração e uma espiritualidade engajada na realidade dos jovens da comunidade;
8.º Engajamento comunitário e social.
Estas são algumas, mas se o seu grupo quer conhecer a lista completa, acesse nosso Fórum na internet:www.missaojovem.com.br/forum ou http://www.pime.org.br/missaojovem/mjjovenspastoral.htm .

Para falar sobre Igreja é preciso conhecê-la, afirma Dom Celli

Kelen Galvan

Enviada especial ao Rio de Janeiro


Clarissa Oliveira/CN
''Há muitos que trabalham nos meios católicos e sequer conhecem o Catecismo... Como posso falar de algo sobre Igreja se não sei o que ela pensa?''
"Há muitos que trabalham nos meios católicos e nem sequer conhecem o Catecismo da Igreja Católica (CIC). Como posso falar de algo sobre Igreja se não sei o que ela pensa?", foi o que afirmou, na manhã desta segunda-feira, 18, o presidente do  Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, no segundo dia de atividades do 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom).

Dom Celli declarou ainda que há pessoas que se dizem jornalistas católicos, mas nunca leram o Compêndio da Doutrina Social da Igreja. "Como podem falar palavras de justiça e verdade se não conhecem o que a Igreja fala sobre os problemas sociais? É preciso encontrar pessoas que sejam capazes de trabalhar em equipe, capacitadas nas diversas áreas de comunicação, mas que amam a Igreja".

Acesse
.: Veja fotos do encontro no Flickr


O arcebispo afirmou que o importante não é se "tem uma câmera, um microfone, um computador, mas o que tem em seu coração". E questionou: "O que tem no coração? Qual sua experiência de Deus? Esse é o foco do anúncio de quem quer ser comunicador da Igreja em todas as suas forças e expressões. E isso requer de nós um constante exame de consciência, de como comunicamos [as notícias] e para quê."

Dom Celli salintou também que "é preciso dizer sempre a verdade, inclusive as mais incômodas, porém, sempre com caridade e respeito ao outro. Precisamos dizer palavras de justiça e elas podem ser pesadas em algum momento, mas é preciso dizê-las, porém sendo respeitosos. E esse critério vale para os ministros ordenados e para os fiéis cristãos".

O presidente do Pontifício Conselho recordou um acontecimento com João Paulo II que ele presenciou. "Um domingo, o Papa falou, no Angelus, sobre a família; no dia seguinte, os jornalistas o atacaram fortemente. No domingo seguinte, o Santo Padre falou de novo sobre a família; no dia seguinte, os jornalistas o atacaram novamente. Três dias depois, eu estava com ele num almoço, e ele disse aos que estavam presentes: 'Se Deus me quisesse sozinho no mundo para defender a família, eu o faria', e deu um soco na mesa que balançou todos os pratos, talheres e copos".

Isso para dizer que o que interessa para a Igreja é o ser humano. "No centro da comunicação está a pessoa. Concretamente, elas são únicas, irrepetíveis e dignas de máximo respeito, e é preciso alcançar uma dignidade autêntica".

Dom Celli explicou que, diante de tantas tecnologias, é preciso um "discernimento tecnológico", que permita selecionar o que realmente serve à missão da Igreja. E destacou, "o homem de hoje necessita de silêncio e calor, e não podemos oferecer a ele somente ruído e calor". Ele sugeriu ainda que nossas rádios e outros meios de comunicação pensem em como corresponder a essa "busca" que há no coração do homem.

O representante do Vaticano concluiu felicitando a Igreja no Brasil por sua criatividade e riqueza; e lançou o desafio de que ela possa "oferecer essa riqueza a toda América Latina e à Igreja em sua totalidade".

Colômbia: campanha já tem 4 millhões de assinaturas contra aborto

ACI Digital


O Secretário Geral da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), Dom Juan Vicente Córdoba, informou que até o momento a iniciativa para blindar a vida contra o aborto constitucionalmente já conta com o apoio de mais de quatro milhões de assinaturas.

A iniciativa busca modificar o artigo 11 da Constituição para blindar a vida desde a fecundação até a morte natural.

Com efeito, diversos meios colombianos como RCN e Caracol Radio informaram que esse dia o presidente do Partido Conservador, José Darío Salazar, apresentará o projeto de reforma constitucional.

Dom Córdoba explicou que embora a medida seja apresentada por Salazar, "este não é um projeto do Partido Conservador" como afirmam diversos meios, mas é "multipartidário e multirreligioso".

A iniciativa que busca a proteção da vida em todas suas fases conta com o apoio de deputados de diversos setores políticos e conta ademais com o respaldo de evangélicos, diversas denominações cristãs, judeus e muçulmanos na Colômbia.

Dom Córdoba explicou ademais que a modificação constitucional que está sendo exposta fecha "toda possibilidade ao aborto ou à eutanásia".

O Secretário da CEC disse que as quatro milhões de assinaturas reunidas nos últimos meses, mostram "um apoio popular" à iniciativa, que expressam além disso "o sentir do povo que respalda a vida".

Papa nomeia membros para Pontifícia Comissão para América Latina

Nicole Melhado

Da Redação, com Boletim da Santa Sé (Tradução: equipe CN Notícias)


Natalino Ueda / CN
Entres os novos membros nomeados está Dom Cláudio Hummes.
O Papa Bento XVI nomeou nesta terça-feira, 19, novos membros para a Pontifícia Comissão para a América Latina.

Dom Marcelo Sánchez Sorondo, Bispo titular de Vescovio e chanceler da Pontifícia Academia de Ciência e das Ciências e das Ciências Sociais, foi nomeado como novo conselheiro.

O presbítero brasileiro, o prefeito emérito da Congregação para o Clero, Dom Cláudio Hummes, foi nomeado membro desta Pontifícia Comissão.

E os Cardeais Francisco Javier Errázuriz Ossa, Arcebispos Emérito de Santiago do Chile; Julio Terrazas Sandoval, Arcebispo de Santa Cruz de la Sierra, da Bolívia; Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, Arcebispo de Tegucigalpa, de Honduras e Juan Luis Cipriani Thorne, Arcebispo de Lima, no Perú, também foram nomeados membros da Pontifícia Comissão para a América Latina.

Bispos sugerem uso de skype para facilitar evangelização

Renata Igrejas

Do Rio de Janeiro


Imprensa / CNBB
''Com o Seminário, cresce a sensibilidade dos bispos e das pastorais pela importância da comunicação'', afirmou o presidente da CNBB, Dom Damasceno
Os bispos defenderam Meios de Comunicação mais eficientes para as reuniões, como as videoconferências. O debate de encerramento do 1º Seminário de Comunicação para Bispos do Brasil (Secobb) foi acerca do Skype, um fenômeno das redes sociais, que permite chamadas telefônicas a qualquer distância, troca de mensagens e arquivos e videoconferências.

O bispo da Diocese de Parnaíba (PI), Dom Alfredo Schaffler afirma que as reuniões com as paróquias e dioceses, se tornarão mais frequentes e produtivas com este instrumento tecnológico. “É um dos instrumentos que podem ajudar na interligação. Pois, no nordeste nós percorremos grandes distâncias. E para percorrê-las são necessários custos. Para reuniões simples gastamos dois ou três dias de viagem e um custo enorme. Poderíamos dinamizar tudo isso, com as videoconferências”, afirmou o bispo.

O presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Dom Cláudio Maria Celli, apoiou a ideia e afirmou que há interesse em aprimorar este tipo de comunicação na América Latina. O monsenhor fez, ainda, outras reivindicações aos demais bispos: “Urgência. Precisamos conhecer essa dimensão tecnológica".

Outro ponto foi sobre "o que comunicar e como comunicar?". "Não é qualquer um que vai falar pela Igreja, na televisão. Não é alguém bonito ou simpático que será escolhido. Alguém com bagagem, conhecimento eclesiástico que será enviado para representar a Igreja", afirmou Dom Celli, que destacou que a preparação dos futuros sacerdotes para a comunicação é outro ponto fundamental.

E, para finalizar, o prelado chamou atenção aos sites diocesanos. "Devemos melhorar a estrutura dos que existem e criar sites para as [dioceses] que não possuem. Um site mais interativo para as pessoas, que possa dialogar com os jovens, principalmente”, enfatizou.

Para o presidente da CNBB, o resultado do evento foi positivo para a Igreja e para o povo. “Creio que, com o Seminário, cresce a sensibilidade dos bispos e das pastorais pela importância da comunicação. A Igreja é comunicadora, porque ela é evangelizadora. E evangelizar é comunicar. E isso tudo deve nos ajudar a tomar mais consciência sobre a comunicação. Afinal de contas, Jesus Cristo foi o maior comunicador e, por isso, devemos seguir esta missão de mensageiros”, declarou o presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno Assis.

Por fim, o presidente comentou o apelo de Dom Alfredo. “Essa ideia é fundamental. o Skype já é usado pela CNBB. E vamos começar alguns testes pilotos em breve, pois isso facilita muito a questão dos custos, para alguns bispos que estão muito distantes. Como presidente, darei toda a atenção para este projeto. Se navegar é preciso, comunicar é fundamental também para a Igreja”, afirmou o cardeal.